Maternidade

Crises do primeiro ano

30 de outubro de 2017

Depois de quase enlouquecer, pesquisei e descobri (perdoe-me as super mães que já sabiam) esses tais picos de crescimento e saltos de desenvolvimento que geram crises em diversos períodos durante o primeiro ano, agora imaginem essas crises em dobro.

Eu vou assumir que contava os dias para passar o primeiro semestre, literalmente contava no calendário. Demorou para eu conseguir ficar sozinha com os dois, principalmente no final da tarde que eles tinham um surto e choravam muito, juro que tentei até chá de camomila.

Saltos de desenvolvimento e picos de crescimento são eventos diferentes e sua cronologia não se sobrepõe perfeitamente.
Picos de crescimento tem a ver com alimentação (o bebê quer comer mais, inclusive a noite!) e os saltos tem a ver com desenvolvimento (o bebê pode querer comer e dormir menos).
No período que imediatamente antecede um salto de desenvolvimento o bebê repentinamente pode se sentir disperso à mudanças nos sistemas perceptivo e cognitivo que não foram adaptadas ainda no organismo. Então na tentativa de readaptação, o bebê volta à base, ou seja, à mãe, o que reflete-se em períodos de maior carência afetiva, pedem mais colo, e com frequência afetam o sono e apetite.
Depois de algumas semanas essa fase difícil é superada, e o bebê demonstra ter habilidades novas.
Picos de crescimento é um fenômeno que ocorre nos bebês e, no qual, estes solicitam mais mamadas do que de costume. Estas necessidades geralmente duram de poucos dias a uma semana, seguido de um retorno ao padrão menor de mamadas.(Fonte: Guia do Bebê)

Com essas informações comecei a me preparar psicologicamente para enfrentar os períodos de crise, claro que cada bebê é único, aqui em casa em nenhum momento a crise foi concomitante, as vezes coincidiam alguns dias.

Vou citar bem resumidamente as principais crises que acabam afetando a rotina do bebê e enlouquecendo toda a família.

Aos 3 meses o bebê começa a enxergar melhor, ele começa a se interessar pelo ambiente, enxergar a própria mão, querer explorá-la. O bebê também fica mais tempo acordado, então é necessário mais cuidado nessa fase. Também é aconselhável começar a brincar de “achou” e de se esconder para ele ir percebendo que quando você sai, você volta, preparando-o para a ansiedade da separação.

Aos 4 meses e meio o bebê fica irritado, chora e quer mais atenção. Começa a estranhar as pessoas e a reconhecer o pai, formando o triangulo familiar. O desenvolvimento motor fica mais aguçado, consegue alcançar objetos, colocá-los na boca, movimentá-los.

Aos 6 meses tem a introdução alimentar, muitas vezes o início do nascimento dos dentes, tem maior coordenação motora e visão nítida. Nessa fase começa a famosa ansiedade da separação, o bebê começa a perceber que a mãe e ele são indivíduos diferentes, e ele fica assustado quando a mãe se afasta, pois teme o abandono. E se já não bastasse tudo isso, normalmente encerra a licença maternidade.

Aos 8 meses as emoções do bebê mudam, o bebê começa a ficar temperamental, chora por qualquer coisa, inclusive trocar a fralda, além disso as noites de sono ficam de cabeça para baixo. A ansiedade da separação fica intensa, fazendo o bebê ficar angustiado e reclamar toda a vez que a mãe se afasta, pois ele ainda não sabe o que aconteceu e nem se a mãe vai voltar.

E por último aos 12 meses, quando o bebê se frusta facilmente, ou seja, quando ele tenta andar, engatinhar ou qualquer outra coisa e não consegue, fica irritado e chato.

Enfim, o bebê está aprendendo a viver fora do útero, então é preciso muita paciência e se adequar a cada mudança.

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